Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 propõe diálogo

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Aconteceu na manhã de hoje (10), em formato de live, a Coletiva de Imprensa sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021

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A Coletiva de Imprensa da apresentação da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, cujo tema é “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor”, foi apresentada de uma maneira de diferente.
Em formato de live cada convidado pode fazer as devidas apresentações de suas residências, onde a mesma foi divulgada pelas redes sociais da Diocese de Umuarama.
Estiveram presentes o Bispo Dom Frei João Mamede Filho, Jornalista Érica Bolonhezi, Padre Carlos Alberto de Figueiredo, Irmã Joiciele Cristina Botelhos da Silva (Coordenadora da Campanha da Fraternidade), Pastor Pablo Freitas Bittencourt (Igreja Presbiteriana Independente de Umuarama) e Wania Scarpetto (Coordenadora do Centro Ecumênico de Estudos Biblicos (CEBI) e Membro da Comissão da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021).

Mensagem especial do Bispo sobre a Campanha:

A Campanha da Fraternidade nasceu como um projeto da Igreja Católica no Nordeste do Brasil, em 1962. Em 1964 toda a Igreja do Brasil a assumiu. Virou campanha nacional. É sempre organizada na Quaresma, período que vai da Quarta Feira de Cinzas até a Páscoa. É tempo de conversão. Inicialmente a Quaresma foi o tempo que os que haviam aderido à pregação dos apóstolos, passavam um período de especial preparação para, na noite da Páscoa, serem batizados. Posteriormente passou a ser também o tempo em que aqueles que haviam renegado a fé – havia intensa perseguição aos cristãos e havia os que apostatavam, negavam a fé – estes também passavam em tempo especial de preparação para, na noite da Páscoa, serem reintegrados à comunhão da Igreja. Posteriormente foi toda a Igreja que se descobriu necessitada de conversão, isto é, se deu conta de que tinha muito caminho ainda para chegar à plenitude de adesão a Cristo. E a quaresma passou a ser tempo de conversão para todos. Todos miramos Jesus e cada um pergunta como posso me aproximar mais dele….?

Brotou e cresceu o entendimento que a conversão há de repercutir também na sociedade onde vivemos. É mudança de vida e isso há de repercutir também nos relacionamentos, na sociedade. E a fazer ser melhor, mais justa e fraterna. Foi esse entendimento que deu origem à campanha da fraternidade. Cada ano a Igreja focaliza uma sombra da sociedade, um espaço em que mais notável a falta fraternidade, comunhão e justiça, e traz a baila o tema, na busca de encaminhar saídas para a situação.

A partir do ano 2000, a cada 5 anos, a CF é Ecumênica.  Outras Igrejas Cristãs são convocadas a partilhar tanto o processo de conversão quanto o serviço prestado à sociedade.

O Ecumenismo brotou em vários países, por volta do ano de 1920, portanto, há cerca de 100 anos. Não nasceu de ficarmos olhando uns para os outros, comparando doutrinas, modos de rezar, etc… mas olhando para o mundo. A pergunta era: o que podemos fazer juntos para que este mundo seja mais conforme ao plano de Deus? Posteriormente nasceu o Conselho Mundial de Igrejas Cristãs e, aqui no Brasil, o CONIC: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, que atua permanentemente e não só no ano da CF ecumênica. E, é claro, quando a CF é Ecumênica, é o CONIC que prepara o texto base.

Neste ano a CF é Ecumênica. O tema é: “Fraternidade e Diálogo”.  Isso porque vivemos uma realidade de violência, polarização, fechamento, enferma, doente (pandemia), cansada, desencantada… A pandemia escancarou a falência do público, da sociedade debilitada, falida, polarizada e violenta. É a vivência do velho dualismo do bem contra o mal, do inimigo e adversário, um querendo eliminar o outro. Também é uma sociedade negacionista e alienada, onde vale somente a chamada auto – verdade, ou seja, a verdade é o dizer somente, não importando se é ou não.

Toda essa situação traz um fechamento petrificado nas posições pessoais e grupais, e revela a falta de diálogo que constrói o bem-comum.

O ser humano que somos não é só convicção. É convicção e razões. Ninguém impõe convicção a ninguém. Nem razões. Mas razões se propõe. E se elas forem realmente razoáveis, elas se impõem.

Jesus, que orou para que sejamos um, fortaleça cada passo nessa CFE.
Por: Dom Frei João Mamede Filho

Fonte: Katya Suzuki 
Assessora de Comunicação Diocesana e PASCOM