Cruz de 4,5 metros chega da Itália para a Paróquia Sagrada Família de Cianorte

Vinda da Itália por meio de doação, a Cruz passou por muitas burocracias para chegar no seu destino final

No dia 13 de setembro de 2019, após a saída da Itália em dezembro do ano passado e superado muitas burocracias para a sua liberação, finalmente chega a Cruz Interna na Igreja Matriz Sagrada Família de Cianorte.
O Padre Carlos Antônio Gomes, que foi o intermediador para a vinda do objeto sagrado, conta que “primeiro tentou-se por meio de transporte marítimo, porém não foi possível. Por fim veio por transporte aéreo, mais caro, porém mais viável. O atraso ocorreu, principalmente, porque a aviação programou para vir direto para o aeroporto de São José dos Pinais em Curitiba, mas foi direto para o Aeroporto de São Paulo. Com isto, tivemos que fazer uma nova papelada para liberação da Receita Federal, do Ibama (por motivo da madeira que embalava a cruz) e, também, Receita Estadual” conclui o Padre.

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Uma breve história da doação da Cruz:

Após uma amigável conversa com uma senhora, que reside na Itália, que se encontrava na Cidade de Cianorte, em passeio, e conversando sobre a reforma da Igreja Matriz Sagrada Família, ela decidiu anonimamente doar a cruz interna da igreja. Ela mesma escolheu o escultor aproveitando a sua volta para a Itália. Consultou vários e em conversa com o Rvmo. Pe. Carlos Antônio Gomes, decidiu confeccionar a obra com o Escultor italiano Lino Agnini. Ele é mundialmente famoso e fez obras para a Santa Madre Tereza de Calcutá, São João Paulo II, Papa Bento XVI e, a pouco tempo, para o Papa Francisco.
Inclusive, sobre o Papa Francisco, aconteceu uma feliz coincidência. O Sr. Lino Agnini havia doado uma escultura da imagem de São Jorge para o referido Papa. E este decidiu enviar para busca-la, com uma carta de agradecimentos, o seu secretário direto, ou seja, o EXmo. Cardeal Pietro Parollin. Ao chegar na fábrica, o Sr. Lino deu o presente e pediu ao Cardeal que desse uma bênção à cruz que já estava para ser enviada ao Brasil, o que fez de imediato. O Sr. Lino, recebendo a notícia de que a cruz, após quase cinco meses para ser liberada pela Receita Federal, assim respondeu: Enfim! O “Cristo” foi abençoado pelo Secretário de Estado: o Cardeal Peter Parolin. Foi aberto? Saudações e até breve.
No dia quinze de maio de dois mil e dezenove, por meio do whatzap, a doadora da cruz, enviou duas fotos tiradas do Jornal “Il Gionarle di Vicenza”, da Itália, referindo-se à Cruz com o Cristo, confeccionada pelo grande artista plástico, Sr. Lino Agnini. O texto foi traduzido da língua italiana para a portuguesa, pelo Pe. Carlos Gomes.

“O trabalho criado pelo artista Agnini

Da Brenta ao Paraná. O grande crucifixo parte para o Brasil.

Em fibra de vidro mede 4,5 metros. Meses de trabalho na via Molini.

Uma arte de exposição para a cidade de Nove, graças a uma nova obra do artista Lino Agnini. Recentemente Agnini, originário de Puglia, mas que mudou-se para Nove há anos, criou seu novo trabalho. A obra é de notável tamanho. É um crucifixo das dimensões de 4,5 metros de altura e 2 metros de largura. O corpo de Cristo tem uma dimensão de 2,10 metros de altura e uma largura dos braços de 1, 5 metros. O trabalho foi feito de fibra de vidro e decorado em ouro, substâncias especiais, tais como que Lino Agnini até agora havia feito outras vezes, mais acostumados a bronze e material cerâmico local. ‘A fibra de vidro oferece grande versatilidade, mas também é um material leve e ao mesmo tempo sólido – spíega Agnini – O procedimento utilizado foi o mesmo de uma escultura em bronze’. A grande escultura envolveu alguns meses de trabalho, na oficina de Novati, na Via Molini, comprimida pelo design da caixa de madeira da história. O crucifixo foi uma encomenta do Brasil, pela diocese de Umuarama, do estado de Paraná, destinado a embelezar a Igreja Matriz da Paróquia da Sagrada Família de Cianorte. Especifico também o instante e a atitude que Lino Agnini quis dar à obra: “É Jesus Cristo no momento do diálogo com sua mãe Maria, quando pronuncia as palavras: ‘Eis o teu Filho’. Eu queria representar um derramamento de sangue duplo – o derramamento de sangue duplo – explica o artista de Nove – para enfatizar o grande momento de dor e sofrimento.”
Perguntado sobre se gostou da Cruz e do Cristo, Pe. Carlos respondeu via Whatzap à doadora, que reside na Itália: “Gostei muito por motivo de sua beleza artística, com expressão de sofrimento, de dor. Um bom modo de evangelizar hoje.  Só que isto, à primeira vista, poderá assustar um pouco aqueles que são mais simples e não entendem de arte. Mas isto é bom. Tem que chamar a atenção e, creio, ajudará o fiel a rezar mais ao observar esta imagem.  E, além disso, tem tudo a ver com a Sagrada Família ao tratar de Jesus falando com a sua Mãe. Já não é mais a Sagrada Família de Nazaré, mas toda a família Igreja, deixada pelo seu Filho Jesus, em que Ela será a Mãe. Molto belo.”
O Bispo Diocesano, Dom João Mamede Filho, em conversa com o Pe. Carlos, pediu para “solenizar este momento”