De onde vem a Energia?

Neste texto, partilhamos com todos vocês um assunto de enorme relevância em nossas vidas, a energia! Ampliar nossos conhecimentos sobre meio ambiente e economia se faz necessário em tempos de custos elevados e falta de cuidados com o planeta. Este artigo faz parte de uma matéria da Revista Informativo Diocesano, que trata mais detalhadamente do assunto na Edição de Novembro, não deixe de acompanhar e aplicar no dia a dia as informações apresentadas.

Quando falamos de energia, não estamos falando só da eletricidade, e sim de um setor energético. O Brasil ocupa a sétima posição mundial como maior consumidor de energia, de acordo com relatório do Banco Mundial. Um país ou região depende extremamente de sua potencialidade energética para indicar seu desenvolvimento econômico. Países com maiores rendas geralmente dispõe de maior poder de consumo energético. No Brasil, à medida que foi se modernizando, o setor energético foi se desenvolvendo. As principais fontes de energia no Brasil, atualmente, são: energia hidroelétrica, petróleo, carvão mineral e os biocombustíveis, além de algumas outras utilizadas em menor escala, como gás natural e a energia nuclear. Mas vamos deter nossa reflexão na energia elétrica.

A principal fonte para produzir energia elétrica no Brasil é a energia hidroelétrica, atualmente, 90% da energia elétrica consumida no país vem das usinas hidrelétricas. A Usina hidrelétrica de maior produção do Brasil é a Itaipu Binacional, com potencial de 14.000 MW, sendo 7.000.000 KW na parte do Brasil. O Brasil conta com outras 9 principais hidrelétricas com grande potencial de produção. As 10 Usinas juntas têm capacidade de gerar 41.112 MW. Segundo a ANEL (http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm) o Brasil conta com 220 Usinas Elétricas (UHE) em operação com total de potência outorgada de 101.897.047 kW. Há mais 6 usinas em construção com potência de 1.254.100 kW e mais 7 Usinas em construção não iniciada com potência de 694.180 kW.  Além das UHE existem ainda as PCH, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), são usinas hidrelétricas de tamanho e potência relativamente reduzidos, conforme classificação feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 1997. Esses empreendimentos têm, obrigatoriamente, entre 5 e 30 megawatts (MW) de potência e devem ter menos de 13 km² de área de reservatório. O Brasil conta com 429 PCHs em operação com potência total outorgada de 5.153.499.49 kW, mais 29 usinas em construção com potência total outorgada de 360.099 kW e 116 usinas em construção não iniciada com potência total outorgada de 1.542.399 kW. O Brasil conta ainda com as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), são 688 em operação com potência de 675.346 kW, em construção são mais 5 CGHs com potencial de 4.810 kW e 2 em construção não iniciada com potencial total outorgada de 6.000 kw. Entre a potência outorgada e fiscalizada pode haver uma pequena variação.

Trazemos esses dados para percebermos que existe dentro do setor de energia várias fontes e dentro de uma mesma fonte pode haver formas diferentes de produção. Segundo a ANEL, o Brasil possui no total 7.125 empreendimentos em operação, totalizando 159.959.602 KW de potência instalada. Está prevista para os próximos anos uma adição de 20.068.524 kW na capacidade de geração do País, proveniente dos 215 empreendimentos atualmente em construção e mais 381 em empreendimentos com construção não iniciada.

De acordo com o relatório do Banco Mundial, em pleno século 21, cerca de 1,2 bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à eletricidade, e outros 2,8 bilhões de pessoas ainda utilizam madeira ou outros tipos de biomassa para cozinhar e aquecer suas casas.

Embora se diga que a produção de energia elétrica mais limpa é a hidroelétrica, não significa que não haja impactos socioambientais. Os defensores de uma transição energética que significa estar investindo em eficiência energética que produza menos impactos e seja renovável afirmam não haver uma fonte energética totalmente limpa, mas que o futuro sustentável é o caminho de produção e geração independente de energia eficiente renovável.

Oxalá, tenhamos em breve custos baixos na aquisição de materiais e equipamentos que gerem energia independente, isso significa não ficarmos reféns do sistema que atualmente cobra caro para nos fornecer a energia elétrica em nossas casas, comércios e industrias. Imagine que você e sua família pudesse, com baixo custo, instalar placas fotovoltaicas em sua casa e ao mesmo tempo que produziriam energia para vocês, poderiam vender a sobra para concessionárias de energia elétrica ou ceder para outrem e ainda estaria colaborando com o meio ambiente por produzir energia renovável, seria ótimo! Bem, isso em lei já existe, porém o custo para instalar é ainda muito alto para a maioria de nossa população. Sem contar que o Paraná é o único estado que cobra imposto sobre a energia que você produz e coloca na rede, ao voltar para seu consumo você paga sobre os kw consumidos, ou seja, você investe, produz e ao consumir sua produção você paga ao governo por ela. Mas ainda é um investimento compensatório em longo prazo.

 

Publicação: Cassiana Barros
Assessora de Comunicação e Pascom Diocesana
Texto: Reginaldo Urbano Argentino
Terapeuta e Ambientalista
Assessor do Bispo para assuntos socioambientais