Mala da Cáritas chegou em Umuarama contando histórias de imigrantes

 A mala está passando por todas as dioceses do Paraná e faz parte de uma ação para a valorização do imigrante.

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A Cáritas é conhecida ou referida como “amor em movimento”, é uma rede de solidariedade espalhada pelo mundo, com ações práticas e concretas realizadas, em sua maioria, por voluntários em favor dos necessitados, sejam eles pobres, excluídos, marginalizados, imigrantes e tantos outros em situações emergenciais ou ainda àqueles grupos que desejam empreender num modelo de economia solidária.
Uma mala está passando por todas as Cáritas das dioceses pelo Brasil a fora, colhendo histórias de imigrantes que vivem no País. Ela (a mala) chegou em Umuarama no dia 8 de maio e deve ficar até dia 12 de maio, depois seguir viagem. Foi trazida pela equipe da arquidiocese de Cascavel e será levada para Paranavaí por uma equipe da Cáritas de Umuarama.
Maria Alves Benevenuto presidente da Cáritas da diocese de Umuarama, explica que esse é um projeto dentro da entidade em relação aos imigrantes, “se pensou numa maneira de trazer um pouco a realidade desse povo que imigra, que tem vindo para o Brasil, então essa mala tem essa dimensão de ouvir as histórias.
A presidente explica que em Umuarama irão aproveitar o bazar solidário da Cáritas, que está programado para o dia 11 de maio na Paróquia São Francisco de Assis, para expor a mala e já trazerem suas histórias. Esse evento é para arrecadar dinheiro para o fundo de solidariedade da entidade e ajudar inclusive esses imigrantes.
Valdecir Santana, assistente social da arquidiocese de Cascavel explica o que os imigrantes relataram nas cartas. “Suas histórias, o que eles passaram e como estão sendo recebidos no Brasil, com o auxílio da Cáritas. Para os eles a entidade é como se fosse um porto seguro, pois sabem da seriedade do trabalhado desenvolvido diante dos imigrantes”.
Valdecir ainda relatou uma das histórias que chamou a atenção da equipe. “Uma imigrante haitiana chegou sem rumo em cascavel grávida de 8 meses, depois de ter sido abandonada pelo marido em Foz do Iguaçu, então a assistente social do município foi acionada para ir até a mulher, ela (assistente social) me ligou para que a gente pudesse achar um lugar para levar a gestante. A Cáritas acolheu em parceria com a fraternidade o caminho e conseguimos um lugar para ela ficar, a imigrante ganhou o bebê há um mês e está sendo acompanhada”.
Santana conclui dizendo que são histórias que olha para o humano, não vê cor, raça, mas vai atrás da pessoa e citou o evangelho para finalizar. “Tive fome e me deste de comer, estive nú e me deste de vestir, fui migrante e me acolheste, então esse é o trabalho da Cáritas em Cascavel e em todo o brasil”.

 

Fonte: Érica Bolonhezi
Jornalista Diocesana
Fotos: Rejane Rocha
Assessora de comunicação e PASCOM Diocesana