Sexta-feira Santa, sinal de jejum e penitência

Olhando para a Cruz a Igreja canta “vitória, tu reinarás, ó cruz, tu nos salvarás”

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De casa, as pessoas puderam acompanhar a celebração da Sexta-feira Santa, presidida pelo Bispo Dom João Mamede Filho e concelebrada pelo Padre Luiz Cezar Bento, a transmissão foi feita pelo Facebook da Diocese e pela Rádio Inconfidência (99,7).

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Dentro da Semana Santa, um período se torna especial para os católicos nos dias em que recordam a paixão, morte e ressurreição de Cristo, é o chamado Tríduo Pascal, nos três dias estão contidos o Mistério Pascal e o Mistério Eucarístico.

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O Padre Haitiano, Othon Etienne, da Paróquia Santa Clara de Assis, de Umuarama, explica que a Sexta-feira Santa é um dia crucial na liturgia cristã, é o segundo dia do Tríduo Pascal, dia em que a Igreja acompanha os passos de Jesus Cristo, faz memória de sua Paixão e morte na Cruz, “o justo é condenado por júri injusto, testemunhas falsas, torturas, autoridades lavando as mãos covardemente, cenas de violência e de morte”, descreve.
O Sacerdote afirma que não é um dia de luto, apesar do silêncio respeitoso observado pela sociedade, a Igreja não celebra um funeral, mas a morte vitoriosa do Senhor, gerador de vida nova para os seus seguidores. “Olhando para a Cruz, a Igreja canta: ‘vitória, tu reinarás, ó cruz, tu nos salvarás’, celebra e contempla a Paixão e morte de Cristo. É o único dia que não se celebra a Eucaristia, por ser um dia que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte se venera o crucifixo com o gesto de genuflexão, ou seja, de joelhos. No entanto, mesmo sem a celebração da Missa tem lugar no rito humano uma celebração litúrgica própria desse dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo fato de não ter oração eucarística, a mais importante parte da missa católica. Então, a Sexta-feira Santa, no conjunto de suas celebrações litúrgicas e das expressões da religiosidade popular, ajuda-nos na contemplação do mistério do sofrimento e da cruz que se levanta ante os olhares humanos, brotam centenas de esperanças para os oprimidos pela dor”, detalha o Padre.

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O Presbítero finaliza contando que toda liturgia católica desse dia está em função de Cristo crucificado, assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Cristo, que assim aparece como uma ação livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade, “a Igreja exorta os fiéis a que nesse dia observem alguns sinais de penitência em respeito à veneração pela morte de Cristo, desse modo, convida-os à prática do jejum e do silêncio da carne, exercícios piedosos como a Via-Sacra e o Rosário são também recomendados como forma de assinalar este dia, especialmente importante para a fé cristã”, conclui o Padre Othon.

Publicação e Imagens: Katya Suzuki
Assessora de Comunicação Diocesana e PASCOM
Fonte: Érica Bolonhezi
Jornalista Diocesana e PASCOM