Dupla de pasconeiros paranaenses é vencedora do concurso de identidade visual para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2024

Alessandro Abrantes e Alex Alves Guimarães, pasconeiros na diocese de Jacarezinho, no Paraná, participaram do concurso para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2024 pela primeira vez e partilham um pouco do processo conjunto de criação.
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Alessandro Abrantes e Alex Alves Guimarães, pasconeiros na diocese de Jacarezinho, no Paraná, são os vencedores do concurso de identidade visual para a celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2024. É a primeira vez que o concurso, que está na quinta edição, tem uma produção coletiva. Ao receberem receberam a ligação do coordenador-geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius, comunicando a vitória, os pasconeiros manifestarama surpresa e a sensação de dever cumprido. “É grande festa saber que nós de uma diocese no interior do Paraná fomos escolhidos para ilustrar a identidade visual do 58° Dia Mundial das Comunicações Sociais. É fruto de um serviço à Igreja, em prol da Evangelização”, destacou Alex.

O cartaz vencedor, que tem a centralidade em mãos que foram o coração, será utilizado para ilustrar os materiais do 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que neste ano será celebrado em 12 de maio. A reflexão proposta pelo pontífice neste ano tem como título “Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana”. Regionais, dioceses e paróquias também poderão se servir da identidade visual para produzir seus próprios materiais. Baixe aqui a versão final do cartaz.

Composição do cartaz

cartaz 58 dmcs FINALNo ato da inscrição, Alessandro e Alex detalharam os elementos do cartaz.

“Mãos que constroem uma comunicação humanizada a partir do coração”: o Santo Padre, Francisco, em sua Mensagem para o 58° Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2024, nos exorta acerca do CORAÇÃO, figura central de nossa produção e de onde brota toda a intensidade da mesma. O Coração é visto e concebido como: o lugar do Encontro com Deus, da Unidade e onde o passado se encontra com o futuro.

A figura central, o coração: ao lermos a identidade visual podemos observar que ao invés de um coração retirado do corpo humano, optamos pela construção de um coração construído humanamente por mãos, sim construído. Pois as mãos, que postas a trabalho, à missão, à comunicação, somadas uma a outra constroem e compõe a humanização. São mãos que unidas, fazem o pulsar da história e fazem com que o Coração Humano humanize a Comunicação. As mãos que formam o coração na humanização da comunicação, atentam para o olhar de que a comunicação está cada vez mais automatizada, fria, pasteurizada. Ao mesmo tempo em que as
mesmas mãos são as que oferecem um aconchego, que acalentam, afagam, acolhem, tornando a mensagem mais amigável ao destinatário, tendo o indivíduo como o centro da ação de comunicar.

O coração humano que foi tomado pela frieza e automatização tecnológica: nota-se no canto inferior direito, pelas cores vivas e vibrantes que o coração estava sendo tomado pela frieza e pela dureza da tecnologia, mas o pulsar de sua Igreja faz como que o humano retome seu espaço, o que podemos perceber pela grande parte do coração vivo e vermelho se sobrepondo a este coração frio. Voltando o calor humano, o contato, a compaixão pelo outro, sendo a humanização trazida ao centro de tudo novamente. Movimento este que pode ser observado pelos raios dourados e pelo pulsar; pelos ramos de vida que brotam do coração, simbolizando um renascimento das relações humanas, como se fosse um embate travado.

A figura implítica de Jesus e sua cruz: da figura central, como raios de luz surge a Cruz de Jesus e a sua figura com suas mãos chagadas e estendidas, sem ao menos que seu rosto apareça, sabemos reconhecê-lo. E é no coração d’Ele que fazemos um encontro humanizador e é ali onde criamos coragem para comunicar. No coração chagado, das mãos transpassadas, da dor humana da paixão onde podemos ser acolhidos, afagados e, destas mãos, sermos ensinados/humanizados.

As redes de comunicação e o pulsar que abraça: em mais um trecho de sua Mensagem, Francisco nos alerta que caberá aos homens escolher entre ser alimento dos algoritmos ou nutrir o coração da liberdade, que cresce na sabedoria. As redes, que compõe grande parte dos elementos secundários do cartaz e que fazem todo o elo entre as informações nele contidas, demonstram essa coesão entre saber viver com as escolhas do futuro, das opções que a tecnologia e inteligência artificial tem a nos oferecer, mas sem se esquecer de estar atentos ao pulsar do coração que é demonstrado como ponto central desta composição artística e, assim, alcançarmos uma Comunicação única e plenamente humana. É preciso conectar o passado ao futuro, ou seja, o contato pessoal à tecnologia cada vez mais avançada.

As cores adotadas: para a composição e criação da identidade visual foram usadas cores em sua maioria com tons de verde, que indicam a esperança neste tempo que está sendo vivido e está por vir, onde deveremos saber conciliar os corpos, os rostos, os sentimentos com a tecnologia que avança a cada momento. É um tempo de espera e de esperança na evolução da Igreja, da Comunicação e da humanização de nossos Comunicadores e Comunicadoras. O vermelho, plenamente vivo do coração, demonstra a humanidade, posta e a pulsar, viva e caminhante. Como a Igreja que aqui milita e caminha para a plenitude comunicativa, nos céus. Triunfo final.

Trechos da mensagem para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais que inspiraram a identidade visual:
“O coração, entendido biblicamente como sede da liberdade e das decisões mais importantes da vida, é símbolo de integridade e de unidade, mas evoca também os afetos, os desejos, os sonhos, e sobretudo é o lugar interior do encontro com Deus. Por isso a sabedoria do coração é a virtude que nos permite combinar o todo com as partes, as decisões com as suas consequências, as grandezas com as fragilidades, o passado com o futuro, o eu com o nós”.

“A informação não pode ser separada da relação existencial: implica o corpo, o situar-se na realidade; pede para correlacionar não apenas dados, mas experiências; exige o rosto, o olhar, a compaixão e, ainda, a partilha”.

“Pois só tocando pessoalmente o sofrimento das crianças, das mulheres e dos homens é que poderemos compreender o caráter absurdo das guerras”.

“A resposta não está escrita; depende de nós. Compete ao homem decidir se há de tornar-se alimento para os algoritmos ou nutrir o seu coração de liberdade, sem a qual não se cresce na sabedoria. Esta sabedoria amadurece valorizando o tempo e abraçando as vulnerabilidades. Cresce na aliança entre as gerações, entre quem tem memória do passado e quem tem visão de futuro. Somente juntos é que cresce a capacidade de discernir, vigiar, ver as coisas a partir do seu termo. Para não perder a nossa humanidade, procuremos a Sabedoria que existe antes de todas as coisas (cf. Sir 1, 4), que, passando através dos corações puros, prepara amigos de Deus e profetas (cf. Sab 7, 27): há de ajudar-nos também a orientar os sistemas da inteligência artificial para uma comunicação plenamente humana”.

Assessoria de Imprensa Diocesana
Fonte: Marcus Tullius – PASCOM Brasil