Sábado Santo, a celebração mais importante do ano litúrgico

“Esta celebração possui uma grande riqueza simbólica, e quando bem preparada e bem celebrada é uma catequese extraordinária”, Padre Sérgio Grigoleto

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A celebração da Vigília Pascal foi transmitida pela Rádio Inconfidência (99,7) e pelo Facebook da Diocese, sem a presença dos fiéis. A Santa Missa foi presidida pelo Bispo Dom Frei João Mamede Filho e concelebrada pelo Padre Luiz Cezar Bento. Essa é a celebração mais importante da liturgia católica. Nesta vigília, celebra-se solenemente a Ressurreição do Senhor, fundamento da fé. Esta vigília tem um rito específico e muito significativo.
Nesse momento, as celebrações estão suspensas, por causa do Coronavírus,mas o Padre Sérgio Grigoleto, Secretário Executivo do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM), explica que essa celebração tem início fora do templo, ao redor de uma fogueira, onde se realiza a bênção do fogo novo. Essa bênção recorda a ressurreição do Senhor, vencedor do pecado e da morte, que assim como o fogo, ilumina e aquece. “Devemos recordar que é um rito de quase dois mil anos, e que nas culturas antigas o fogo, depois do sol, era a única fonte de calor e de luz, e que muitas vezes também era usado para manter afastadas as feras e animais durante a noite”, conta o Sacerdote.
“Após abençoar o fogo novo, é com esse fogo que se acende o círio pascal (vela grande que traz os símbolos da paixão de Jesus e de seu senhorio sobre o tempo e a eternidade), que representa o Cristo Vivo e Ressuscitado em meio à comunidade. Esta grande vela, o círio pascal, estará presente e acesso em todas as celebrações litúrgicas até o dia de Pentecostes, quando será apagado, simbolizando que, agora, a luz de Cristo Ressuscitado, através do Espírito Santo, está presente em cada batizado”, detalha o Padre.

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O Presbítero diz que é com essa luz que a Igreja reunida dá graças a Deus pelo seu infinito amor. “Amor que nos faz participantes da Vida nova em Cristo. Ao chegar ao presbitério (parte do templo onde ficam o altar e o ambão, de onde se proclama a Palavra de Deus), o presidente faz solenemente o anúncio da Páscoa. Ao final deste anúncio, apagam-se as velas da assembleia e se ascendem as luzes do templo e a celebração tem continuidade com a proclamação da Palavra de Deus”, destaca Grigoleto.

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“Após as leituras e a homilia, a celebração da vigília continua com a liturgia batismal. Muito rica em simbolismo, pois é através do batismo que renascemos com Cristo para uma vida nova. Esta parte compreende a ladainha de todos os
Santos, na qual a Igreja invoca a intercessão de todos aqueles que viveram unidos a Cristo e que estão com Ele na glória. Após a ladainha de todos os Santos, tem lugar a bênção da água batismal. Por isso, ainda hoje, aconselha- se que os adultos sejam batizados nesta celebração. E mesmo nas comunidades em que não há batizados acontecerá a bênção da água batismal e faz-se a renovação das promessas batismais”, descreve.

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Padre Sérgio Grigoleto finaliza afirmando que esta celebração possui uma grande riqueza simbólica, e quando bem preparada e bem celebrada é uma catequese extraordinária. “Devemos ajudar nossos irmãos a conhecerem esta
riqueza, para que possam gozá-la em toda sua profundidade”, conclui.

Publicação e Imagens: Katya Suzuki 
Assessora de Comunicação Diocesana e PASCOM 
Fonte: Érica Bolonhezi
Jornalista Diocesana e PASCOM